Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida e o diabetes gestacional. O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto.



Causas



Como nos outros tipos, a causa exata do diabetes gestacional é desconhecida. Contudo, os especialistas acham que o diabetes gestacional pode ser uma etapa do diabetes tipo 2, pelas semelhanças clínicas existentes entre ambos.


Os Fatores de Risco são Parecidos com Aqueles do Diabetes Tipo 2 e Incluem :


Idade acima de 25 anos;
Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
Deposição central excessiva de gordura corporal (gordura em excesso no tronco);
História familiar de diabetes em parentes de 1o grau;
Baixa altura (1,50cm);
Crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia (peso excessivo do bebê) ou de diabetes gestacional.


Hormônios


No período da gravidez, a placenta (órgão responsável pela nutrição do feto) produz algumas substâncias (hormônios) em grande quantidade. Embora imprescindíveis para o desenvolvimento do bebê, os hormônios criam resistência (dificuldade) à ação da insulina no organismo materno. Todas as mulheres grávidas têm algum grau de resistência Insulínica, mas as mulheres com diabetes gestacional apresentam uma resistência mais exagerada.O diabetes gestacional costuma aparecer por volta da vigésima quarta semana de gravidez, exatamente quando a placenta começa a produzir grandes quantidades de hormônios. Por isso o rastreamento para o diabetes gestacional ocorre nesse período.


Genética


Acredita-se que os genes do diabetes gestacional e do diabetes tipo 2 são semelhantes. Em ambos, o que ocorre não é a deficiência acentuada na produção da insulina, mas uma resistência à ação dessa substância. Além disso, o diabetes gestacional aumenta as chances de a mulher desenvolver o diabetes tipo 2 no futuro.Os médicos acreditam que algumas mulheres com níveis glicêmicos mais elevados no início da gravidez (primeiro trimestre) provavelmente já estavam com diabetes antes do início da gravidez. Por esse motivo, e pela semelhança que o diabetes gestacional apresenta com o diabetes tipo 2, todas as mulheres que tiveram diabetes são orientadas a fazer a reavaliação das taxas de glicose após o parto.


Tratamento


Existem vários critérios para se fazer o diagnóstico do diabetes gestacional. De uma maneira geral, a indicação do tratamento inclui desde elevações mais leves das taxas de glicose até o diabetes franco, como diagnosticado fora da gravidez.O tratamento do diabetes gestacional tem por objetivo diminuir a taxa de macrossomia (peso elevado do bebê ao nascer), evitar a queda do açúcar ao nascer (hipoglicemia) do bebê e diminuir a taxa de cesareana.
No passado, esses bebês podiam apresentar outras complicações no nascimento, mas essas complicações estão menos freqüentes hoje em dia. Para o lado materno, além de aumento do risco de cesareana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente tem como acompanhante a inchação de pernas e que pode causar um parto mais prematuro.
O diabetes gestacional, é inicialmente tratado com planejamento alimentar, que idealmente deve ser orientado por nutricionista. Os exercícios físicos podem fazer parte do tratamento e serão orientados por seu médico. De maneira geral, mulheres que já faziam atividade física podem continuar a fazê-la normalmente. . Caso essas medidas não surtam os efeitos esperados por seu médico, será indicado o tratamento com insulina. Isso ocorre porque os efeitos dos antidiabéticos orais não estão bem estabelecidos na gravidez, então eles não podem ser usados nesse momento.
Outra observação importante está relacionada aos objetivos glicêmicos. No diabetes gestacional está recomendado um controle mais estreito das taxas de glicose. Seu médico combinará com você quais são as metas de tratamento.




Terapia Nutricional


A terapia nutricional é um aliado importante. Para muitas mulheres é suficiente para manter a glicemia dentro dos valores recomendados pelo médico. Na gravidez, a mulher deve ganhar um mínimo de peso, em geral entre 10 e 12 quilos para mulheres que estão com o peso adequado. Suas escolhas alimentares devem ser saudáveis.
Elas terão um papel singular para o tratamento do diabetes gestacional. Provavelmente, será necessário relembrar os conhecimentos básicos de nutrição. Por isso, a procura por um nutricionista torna-se interessante.
A dieta pode ser acompanhada de exercícios leves. Mesmo pessoas com algumas carências especiais durante a gravidez podem nadar ou caminhar. Seu médico orientará sobre as contra-indicações à prática de atividade física.
Entre os objetivos da terapia nutricional pode constar, também, um limite para ganhar peso, recomendado às mulheres obesas. Isso é imprescindível, porque é mais freqüente que mulheres obesas desenvolvam diabetes durante a gestação. O ganho de peso mínimo recomendado para essa situação é de 6,8kg.




Terapia Insulínica



O médico poderá recorrer à terapia Insulínica caso haja dificuldade para atingir resultados satisfatórios somente com dieta. É comum que a resistência à insulina atinja o auge durante o terceiro trimestre.
O tratamento com insulina está, em geral, indicado quando as taxas de glicose em jejum fiquem acima de 105 mg/dl e as taxas de glicose medidas 2 horas após as refeições acima de 130 mg/dl. O momento de iniciar a insulina será orientado por seu médico, dependendo de cada situação.
O uso da insulina pode incluir uma mistura de insulinas de ação curta e intermediária. Em geral, está recomendado o uso fracionado das doses de insulina. Seu médico combinará com você o melhor esquema de tratamento para o seu caso.
É comum haver a necessidade de aumento das doses de insulina mais no final da gravidez (a partir do terceiro trimestre). Isso simplesmente significa que a sua resistência à insulina está aumentando.
No terceiro trimestre da gravidez, os níveis baixos de glicose que levariam à hipoglicemia chegam a ser raros. Contudo, mulheres que usam insulina estão em risco de apresentar hipoglicemia. Para prevení-la, siga seu planejamento alimentar com atenção aos horários e faça as adequações necessárias à prática de exercício em função das alimentações.




Exames


O controle do tratamento do diabetes gestacional é feito com a monitorização da glicose. Isso pode ser feito em laboratório com a retirada de sangue ou em casa, com as tiras reagentes e glicosímetro. Recomenda-se que as mulheres em uso de insulina façam o controle das taxas de glicose com maior freqüência, para ajuste do tratamento. Seu médico indicará a melhor maneira de monitorizar as taxas de glicose.
Nas mulheres que usam insulina, pode ser necessário examinar o sangue com freqüência, talvez quatro ou mais vezes por dia. As medidas integradas de glicose (a mais importante é a taxa da glico-hemoglobina) em geral são de pouca utilidade no diabetes gestacional, pois elas estão, na grande parte das vezes, normais. Lembre que o diabetes gestacional é de duração curta, então isso faz com que a glico-hemoglobina não se modifique nesse período curto.
No final da gravidez você será orientada a fazer exames que avaliam o bem estar do bebê com mais freqüência. Seu médico conversará com você a respeito de quando iniciar essa avaliação. Ela depende do tipo de tratamento que você faz.
Lembre, por fim, que a mulher que apresenta diabetes gestacional precisa ser reavaliada após 2 meses do parto com um exame das taxas de glicose. Apesar de o diabetes gestacional ser considerado uma situação de gravidez de alto risco, os cuidados médicos freqüentes e os cuidados tomados pela pessoa que o apresenta possibilitam que a gestação corra tranqüila e que os bebês nasçam no momento adequado e em boas condições de saúde.




O que ocorre com o bebê?



O bebê utiliza açúcar da mãe para obter energia e cresce até nascer. Quando o açúcar da mãe está elevado, assim será o de seu bebê e então o bebê produz insulina para diminuir a quantidade de açúcar em seu sangue. O bebê pode utilizar o açúcar da mãe, mas não pode utilizar sua insulina, pois a insulina não pode atravessar a placenta.O açúcar que bebê não utiliza é armazenado por ele em forma de gordura. E é por isso que o bebê engorda e fica muito grande. Isso é conhecido como macrossomia. Se o bebê é muito grande, a mãe pode ser lastimada ou o bebê durante o parto pode ser lastimado ou necessitar de uma cesárea.Se o açúcar da mãe estiver elevado no momento do parto, seu bebê produzirá uma grande quantidade de insulina e uma vez que nasça não utilizará mais açúcar da mãe. Do mesmo modo terá excesso de insulina em sua corrente sanguínea. Por essa razão, algumas vezes, os bebês podem ter o nível de açúcar muito baixo, conhecido como hipoglicemia. Depois do parto, o bebê deverá ser observado cuidadosamente para detectar um possível baixo nível de açúcar no sangue.Além disso, o bebê pode nascer com a cor da pele amarelada (icterícia). Isso dura pouco tempo e requererá o uso de lâmpada infravermelha para fazer a pele do bebê voltar a normalidade. Apenas em casos muito raros, pode ocorrer morte prematura. Para prevenir a morte prematura é importante que a mulher grávida evite fumar, ingerir bebidas alcoólicas ou usar drogas para garantir a saúde do bebê.


Amamentação


Não haverá transmissão de diabetes ao bebê através do leite materno. A mãe deve manter uma boa saúde e comer as mesmas comidas que estão no programa de comidas da gravidez.Logo que terminar de amamentar, a mãe deve fazer o necessário para perder todo o peso extra. E perder peso pouco a pouco da seguinte maneira:
1. Realizar exercícios físicos.2. Evitar os açúcares simples e comidas ricas em gordura.3. Observar com cuidado a quantidade de comida ingerida.4. Comer três vezes ao dia.5. Tomar bastante água.


Conclusão


São poucas as mulheres que seguem tendo com Diabetes depois do parto. Aproximadamente 2% das mulheres com Diabetes Gestacional continuarão tendo Diabetes depois do parto.Após o nascimento do bebê, a mãe necessitará de outra análise de seu sangue para assegurar que sua Diabetes desapareceu. Essa análise deve ser realizada entre a segunda e sexta semana do nascimento do bebê.E o mais importante, se a paciente já foi acometida de Diabetes Gestacional, ela pode ter outra vez em sua próxima gravidez. E se voltar a ficar grávida, a paciente precisará informar ao médico que já fora acometida de Diabetes Gestacional. O médico novamente irá analisá-la para saber se há Diabetes Gestacional e deverá seguir as mesmas orientações e cuidados que teve anteriormente.



OBS: Para minha amiga virtual Rita do forum do site Baby Center, espero que você consiga esclarecer suas dúvidas Rita, que Deus lhe ilumine, fica tranquila que vai dar tudo certo.

Bjos: Vê Máscolo









fontes: http://www.diabetes.org.br/diabetes/gestacional/
http://www.coladaweb.com/doencas/diabetes-gestacional



















0 comentários:

Postar um comentário